quarta-feira, 26 de maio de 2010

Orações Reduzidas


Muitas vezes, as orações subordinadas (substantivas, a adjetivas, adverbiais) podem aparecer sob forma de orações reduzidas. As orações reduzidas têm duas características:

• Apresentam o verbo em uma das formas nominais: particípio (-ado, -ido), gerúndio(-ando,-endo,-indo) infinitivo(-ar,-er,-ir);
• Não vêm acompanhadas por conectivos (conjunções e locuções conjuntivas subordinativas ou pronomes relativos.

As orações subordinadas reduzidas classificam-se, de acordo com a forma verbal que apresentam, em:
    • Subordinada reduzida de gerúndio;
    • Subordinada reduzida de particípio;
    • Subordinada reduzida de infinitivo.

Para analisar uma oração subordinada reduzida, basta fazer o seguinte:
      1. desenvolvê-la, ou seja, tirá-la da forma reduzida, fazendo aparecer o conectivo;
      2. analisar a oração desenvolvida;
      3. aplicar a análise da oração desenvolvida à reduzida, acrescentando as palavras reduzida de (gerúndio, particípio, infinitivo).

Observe atentamente o exemplo a seguir:
        Penso / estar doente. ( verbo no infinitivo)

Desenvolvendo:

Penso que estou doente.  (Or. Subord. Subst. Objetiva direta)

Analisando a oração desenvolvida, temos: oração subordinada objetiva direta. Agora, basta aplicar a classificação à oração reduzida e acrescentar as palavras reduzida do infinitivo.
         Or. Subord. Subst. Objetiva direta, reduzida do infinitivo

Vamos analisar outros exemplos:

  • Vi guardas / conduzindo presos. ( verbo no gerúndio)
Desenvolvendo:  Vi gaurdas que conduziam presos. ( Oração subordinada adjetiva restritiva)
Logo, temos uma  Oração subordinada adjetiva restritiva, reduzida do gerúndio.

Obeserve que toda vez que conseguirmos substituir o que por o qual e flexões, ele será um promome relativo, logo, a oração será, se subordinada, adjetiva( se vier separada por vírgulas explicativa, se não, restritiva).

Terminado o baile, / todos saíram.
 
Desenvolvendo: Quando terminou o baile, todos saíram. (Oração subordinda adverbial temporal)
Logo, temos uma Oração subordinada adverbial temporal, reduzida do particípio

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Colocação Pronominal

Colocação Pronominal

Na língua portuguesa, admite-se uma liberdade bastante grande no que se refere à colocação dos pronomes em relação ao verbo, o que não significa, todavia, que qualquer colocação seja aceitável. É preciso seguir alguns preceitos básicos, pois a colocação dos pronomes oblíquos átonos está intrinsecamente ligada à harmonia da frase, ao seu equilíbrio, à sua sonoridade e à sua clareza.

Observe os exemplos:

• Você não me pediu para contar a verdade.

• Fechar- se- ão os portões às oito.

• Fechou - se mais uma porta para mim.

Todos os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, lhe, o, a, nos, vos, os, as, lhes) podem ocupar, dependendo do contexto gramatical, três posições com relação aos verbos. Essas três colocações dos pronomes chamam-se, respectivamente:

1. Próclise (o pronome é colocado antes do verbo);

2. Mesóclise (o pronome é colocado no meio do verbo);

3. Ênclise (o pronome é colocado depois do verbo).

Segundo as normas gramaticais de língua portuguesa, a colocação normal é a ênclise. No entanto, no português falado no Brasil, a preferência recai sobre a próclise e não sobre a ênclise, ao contrário do que acontece em Portugal. A mesóclise ainda é menos utilizada, estando restrita à linguagem escrita mais erudita.

Uso da Próclise

Quando ocorre a próclise, o pronome oblíquo átono é chamado de proclítico. Geralmente ocorre a próclise nos seguintes casos:

1. em orações que contém palavra ou expressões de valor negativo (não, nunca, nada, etc.)
               Desde aquele dia, ele não me telefonou mais.
               Não conheço este moço, nós nunca nos vimos antes.

2. nas orações em que há advérbios ou  pronomes indefinidos
              Às vezes me espanto com fatos corriqueiros.
              Aqui se faz de tudo.
              Nem tudo se resolve com boa vontade.
              Alguém me disse que o filme é ótimo.

3. nas orações introduzidas por pronomes relativos
              Foi você quem me mandou aquele bilhete?
             Tudo isso porque nunca se lembravam das regrinhas tão simples que os seus amigos lhes tinham ensinado.

4. nas orações subordinadas
             Assim que o vi, ele veio falar comigo. (O.S. Adverbial Temporal)
             Quando me dei conta, todos tinham ido embora. (O.S. Adverbial Temporal)

5. nas orações interrogativas
             Por que me acordaram tão cedo?
             Como se formam os desenhos das conchas do mar.

6. Nas orações exclamativas
            Oh, como me olhas com expressão tão melancólica!
            Que susto você me deu!

7. nas orações optativas, ou seja, orações que exprimem desejo, vontade
            Deus te ajude!
            Ele que se cuide!

8. verbo no gerúndio precedido da preposição em
           Em se tratando de você, é bom tomar precauções.
           Aqui, em se plantando – se tudo dá.

9. nas orações coordenadas aditivas que contenham expressões do tipo não... nem, não só... mas também, não só... como também, etc.
            Não só reclamou, como também se aborreceu com sua atitude.
            Não praticava esportes nem se propunha a parar de fumar.

10. nas orações coordenadas alternativas
            Resolva: vá de uma vez por todas ou se acalme.
            Ora dança, ora se põe a cantar.


Uso da Mesóclise

É chamado de mesoclítico o pronome que aparece no meio do verbo. Segundo a gramática normativa, o pronome deve aparecer em mesóclise quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, desde que não haja nenhuma palavra que justifique a próclise.



1. Futuro do Presente

Veja como se inseri o pronome oblíquo na forma verbal darei, futuro do presente.

Tu és Pedro, e dar – te – ei as chaves do reino do céu. (darei + te).

2. Futuro do Pretérito

O mesmo verbo, no futuro do pretérito, exigiria o pronome em mesóclise.

Dar – te – ia as chaves se tivesse pedido. (daria + te).

Mas se houver palavras que exija a próclise, teremos:

Não te darei as chaves.

Não te daria as chaves.


Uso da Ênclise

O pronome,quando colocado após o verbo, é chamado de enclítico. A ênclise é usada, de preferência, nos seguintes casos:

1. em frase iniciado por verbos
        Vestiu – se rapidamente.
        Alimentei – me de frutas e vegetais.
2. com verbos no imperativo afirmativo
          Diga – me o que devo fazer.
          Mostre – me um ser humano honesto.

3. com verbos no gerúndio
          Tenho ótimas lembranças dele ensinando – me a cavalgar.
          Conversava com os velhos amigos, recordando – se do passado.

4. Com verbos no infinitivo impessoal.
         Preciso concentrar – me no trabalho.
         Tudo parecia deixá – la cada vez mais bela.

5. Se houver pausa após o advérbio
        Agora, constroem – se prédios da noite para o dia.
         (pausa representada pela vírgula)

        Aqui, sabe – se tudo a respeito do Campeonato de futebol.
          (pausa representada pela vírgula)

6. Houver vírgula ou pausa antes do verbo.
          Se passar no vestibular, mudo-me no mesmo instante.
          Se não tiver outro jeito, alisto-me na marinha.

Observações:
• Se o gerúndio vier precedido da preposição em, emprega – se a próclise.
           Em se tratando de você, é bom tomar precauções.
• Se não houver pausa após o advérbio, emprega-se próclise.
          Aqui se faz de tudo.

• No Português falado e escrito no Brasil é comum iniciar – se oração com pronome oblíquo átono, contrariando a regra.
                 Me espere na saída.
                 Te amo, Brasil.

• Evita – se, muitas vezes, o emprego da mesóclise em textos informais, pois seu uso tem sido considerado inadequado para essas situações. Atualmente, ela ocorre apenas em textos muito formais, como leis, códigos, textos bíblicos e uns poucos textos literários.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Orações Coordenadas

Oração coordenada é a que se coloca do lado de outra, sem desempenhar função sintática; são sintaticamente independentes.
São ligadas por conectivos ou justapostas, ou seja, separadas por vírgula.

As orações coordenadas são classificadas em: sindéticas e assindéticas.

- Sindéticas: são orações coordenadas introduzidas por conjunção.

Exemplo: Deve ter chovido à noite, pois o chão está molhado.

- Assindéticas: são as orações coordenadas que não são introduzidas por conjunção.

Exemplo: Tudo passa, tudo corre: é a lei.
Orações coordenadas sindéticas

As orações coordenadas sindéticas são classificadas de acordo com a conjunção coordenativa que as introduz. Podem ser:

- Aditivas: estabelecem idéia de adição, soma.

Exemplo: Não venderemos a casa, nem (venderemos) o carro.

São conjunções aditivas: e, nem, mas, também.

- Adversativas: estabelecem oposição, adversidade.

Exemplo: Gostaria de ter viajado, mas não tive férias.

São conjunções adversativas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.


- Alternativas: estabelecem alternância.

Exemplo: Siga o mapa ou peça informações.

São conjunções alternativas: ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer, siga...siga.

- Conclusivas: estabelecem conclusão.

Exemplo: São todos cegos portanto não podem ver.

São conjunções conclusivas: portanto, logo, por isso, pois, assim.
- Explicativas: estabelecem explicação.

Exemplo: Senti frio, porque estava sem agasalho.

São conjunções explicativas: que, porque, pois, porquanto.

Texto prometido aos alunos do Anglo Piedade

Quem conhece Olinda sabe o gostinho que tem a tapioca de coco do Alto da Sé. Mas só quem é daqui chama a tapioqueira preferida pelo nome. Quem conhece o Recife sabe a delícia que é uma cerveja na praia de Boa Viagem. Mas só quem é daqui conhece o barraqueiro que vende a mais gelada. Quem conhece Olinda sabe a beleza que tem um frevo no carnaval. Mas só quem é daqui se emociona quando a multidão canta mais alto. Quem conhece o Recife sabe o peso que tem um batuque de maracatu. Mas só quem é daqui sente o coração disparar ao som da primeira batida. Quem conhece Olinda morre de saudade. Quem conhece o Recife se apaixona. Mas só quem é daqui não consegue escolher a melhor: coloca as duas em primeiro lugar.


(Uma homenagem do Jornal do Commercio aos aniversariantes Recife e Olinda. JC, 12 de março, de 2000. Adaptado.)

domingo, 21 de março de 2010

Emprego de algumas palavras e expressões

Emprego de algumas palavras e expressões
Por que / porque / porquê / por quê

Lembre-se inicialmente, de que em final da frase a palavra que deve ser sempre acentuada, por se tratar de um monossílabo tônico terminado em -e.

Você vive de quê? / Ela pensa o quê?

• Por que (separado por se tratar de duas palavras: a preposição por mais o pronome que):

- Quando equivale a pelo qual e flexões:

Este é o caminho por que passa todos os dias.

Não entendi os motivos por que faltaram.

- Quando, depois dele, vier escrita ou subentendida a palavra razão.

Por que razão você não compareceu?

Não sabemos por que (razão) ele não veio ao baile.

• Porque (junto e sem acento) :quando se trata de uma conjunção explicativa ou causal. Geralmente equivale a pois.

Tirou boa nota porque estudou muito.

Não compareceu porque estava doente.

• Porquê (junto e com acento):quando se tratar de um substantivo. Nesse caso virá precedido de artigo ou outra palavra determinante.

Nem o governo sabe o porquê da inflação.

Não compreendemos o porquê da briga.

Por quê (separado com acento) : Final de frases interrogativas.

Ela não foi ao baile, por quê?

Onde / aonde

• Emprega-se aonde com verbos que dão ideia de movimento. Equivale sempre a para onde:

Aonde você vai? / Aonde nos leva com tal rapidez?

• Emprega-se onde para verbos que não dão ideia de movimento:

Onde estão os livros?

Não sei onde te encontrar.

Mau / mal

Mau é sempre um adjetivo ( seu antônimo é bom); refere-se, pois, a um substantivo.

Escolheu um mau momento.

Era um mau aluno.

• Mal pode ser:

1.  Advérbio de modo (antônimo de bem)
               Ele se comportou mal.  /  Seu argumento está mal estruturado.
2. Conjunção temporal (equivale a assim que).
                Mal chegou, saiu

3. Substantivo ( quando precedido de artigo ou de outro elemento determinante).
                O mal não tem remédio. / Ela foi atacada por um mal incurável.

Cessão / sessão / secção / seção

Cessão significa “ato de ceder”, “ato de dar”.
Ela fez cessão de seus bens. / A cessão do terreno foi aprovada.

Sessão é o intervalo que dura uma reunião, uma assembléia.
Assistimos a uma sessão de cinema. / Reuniram- se em sessão secreta.

Secção (ou seção): significa parte de um todo, segmento, subdivisão.
        Lemos a notícia na secção (ou seção) de esportes.

Há / a

Na indicação de tempo, emprega-se:

• há para indicar tempo decorrido (equivale a faz)
dois meses que ele não aparece./ Ele chegou da França um ano.

• a para indicar tempo futuro:
Daqui a dois meses ele aparecerá. / Ela voltará daqui a um ano.

Mas / mais

Mas é uma conjunção adversativa. Pode ser substituída por porém, contudo, todavia, etc.
     Ninguém esperava, mas(porém, todavia) ele veio. / Estudou muito, mas(contudo, porém) não passou.

Mais é um advérbio de intensidade; também pode dar ideia de adição. Pode ser substituído por menos.
            Sem dúvida ela é a mais(menos) linda de todas.

Senão / se não
• Senão equivale a caso contrário:
         Não estacione naquele local, senão(caso contrário) você será multado.
         Faça o depósito amanhã, senão(caso contrário) estará fora do concurso.

• Se não equivale a se por acaso não. Trata-se da conjunção condicional se seguida do advérbio de negação não. Introduz orações subordinadas adverbiais condicionais.
         Se não( se por acaso não) chover, iremos à praia.
         A festa será amanhã, se não( se por acaso não) ocorrer nenhum imprevisto.

Ao encontro / de encontro

Ao encontro (rege a preposição de) significa a favor de:
            Aquelas atitudes vão ao encontro do( a favor do que) que eles pregavam.

De encontro (rege a preposição a) significa contra alguma coisa, em direção oposta.
           Sua atitude veio de encontro ao(contra) que eu esperava.

Acerca de / a cerca de / há cerca de

Acerca de: Usa-se quando significa sobre.
        Falamos acerca de (sobre) política.

A cerca de: Usa-se para indicar distância aproximada, quando significar a aproximadamente.
        O teatro ficava a cerca (aproximadamente) de cem metros.

Há cerca de: Usa-se para indicar tempo decorrido aproximado, quando significar faz cerca de.
              Há cerca de (faz cerca de) três anos que não o vejo.

Trás / traz

Trás: Usa-se como preposição:
               Passou por trás da escada.

Traz: Usa-se como terceira pessoa do presente do indicativo do verbo trazer ou segunda pessoa (tu) do imperativo afirmativo, como variante da forma traze.
        Ele sempre me traz flores. / Traz ( varaiante da forma TRAZE) o que te peço e nada reclamarei.

terça-feira, 9 de março de 2010

Termos Acessórios

Adjunto adnominal: é o termo que caracteriza ou determina o substantivo. Pode aparecer tanto no sujeito, quanto no predicado.
Observe: “As pequenas bibliotecas são fundamentais para todos.”

Sujeito: As pequenas bibliotecas.

Núcleo do sujeito: bibliotecas

As: Determina o nome biblioteca
Pequenas: Caracteriza o nome

Os termos em destaque exercem a função de adjunto adnominal.

As classes gramaticais que funcionam como adjuntos adnominais são: artigos, pronomes adjetivos, adjetivos, locução ou expressão adjetiva, numeral.

Exemplos:

O lápis é do meu amigo. (artigo definido) (pronome adjetivo)

Paulo é um garoto inteligente. (artigo indefinido) (adjetivo)

Conheci os maigos de infância de minha mãe. (locução adjetiva)

Ela providenciou um prêmio justo. (artigo)

Tinha olhos azuis, pele aveludada e cabelos escuros. (adjetivo)

(Todas as palavras grifadas são Adjuntos Adnominais e estão representados pelas classes gramaticais indicadas dentro dos parênteses.)


Aposto

Primeiramente, vejamos o que é aposto. Observe a frase a seguir:

Manoel, português casado com minha prima, é um ótimo engenheiro.

Veja que o trecho “português casado com minha prima” está explicando quem é o sujeito da oração “Manoel”. Esse trecho é o aposto da oração.

Observe a próxima:
Foram eles, os meninos, que jogaram a bola no seu quintal ontem.

Mais uma vez temos um trecho (aposto) “os meninos” explicando um termo anterior: Foram eles... Eles quem? Os meninos.

Podemos concluir que o aposto é uma palavra ou expressão que explica ou que se relaciona com um termo anterior com a finalidade de esclarecer, explicar ou detalhar melhor esse termo.

Há alguns tipos de apostos:

Explicativo: usado para explicar o termo anterior: Gregório de Matos, autor do movimento barroco, é considerado o primeiro poeta brasileiro.

Especificador: individualiza, coloca à parte um substantivo de sentido genérico: Cláudio Manuel da Costa nasceu nas proximidades de Mariana, situada no estado de Minas Gerais.

Enumerador: sequência de termos usados para desenvolver ou especificar um termo anterior: O aluno dever ir à escola munido de todo material escolar: borracha, lápis, caderno, cola, tesoura, apontador e régua.
• Resumidor: resume termos anteriores: Funcionários da limpeza, auxiliares, coordenadores, professores, todos devem comparecer à reunião.


Vocativo

É um termo descolado sintaticamente da oração, não pertence nem ao sujeito, nem ao predicado. Ele serve para invocar o receptor da mensagem.
Ex: “... a vida, Luzia, dura só um dia.” (João de Barro)
                       
O termo em destaque é um vocativo.

segunda-feira, 8 de março de 2010

TRANSITIVIDADE VERBAL

Classificação dos verbos quanto à predicação(TRANSITIVIDADE):


1- Intransitivos : são verbos significativos, capazes de constituir o predicado .Não necessitam de complemento , já que possuem sentido completo.

O balão subiu. O cão desapareceu.

Observação: Os verbos intransitivos muitas vezes vêm acompanhados de um termo acessório (um acessório e não um complemento), que exprime uma determinada circunstância (tempo, modo, lugar etc.),os advérbios ou locuções adverbiais.

O balão subiu rapidamente (modo).
O cão desapareceu na planície (lugar).

2-Transitivos:são verbos incapazes, sozinhos de constituir o predicado, já que, têm o sentido incompleto.Subdividem –se em:

a) Transitivos diretos- quando exigem complemento sem preposição obrigatória, denominado objeto direto.

Lúcia comprou livros.
Lúcia ama Carlos.

b) Transitivos indiretos- quando exigem complemento com preposição obrigatória, denominado objeto indireto.

Carlos necessita de livros.
Luciana confia em Carlos

c) Transitivos diretos e indiretos- quando possuem dois complementos : um com preposição e outro sem preposição.

Luciana ofereceu livros a Carlos.
Carlos emprestou livros a Luciana.

3- De ligação – são verbos sem valor significativo, servem como elo de ligação entre o sujeito e um atributo do sujeito denominado predicativo do sujeito.

Luciana é estudiosa (predicativo do sujeito).
Carlos está tenso (predicativo do sujeito).

Os principais verbos de ligação são: ser, estar, parecer, continuar, ficar, andar (no sentido de estar), continuar.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

TIPOS DE PREDICADO

PREDICADO

O Predicado é um dos elementos essenciais da oração. É aquilo que se declara do sujeito, ou melhor, é o termo que contém a declaração referida, em geral, ao sujeito.

Tipos de Predicado:

PREDICADO VERBAL

O predicado verbal constitui-se de um verbo ou locução verbal que expressa a idéia de ação. Este verbo pode ser transitivo ou intransitivo.

O núcleo do predicado verbal é o verbo (que é chamado de significativo) pois traz em si a idéia de ação.

Ex. Aquele menino brincava com uma pipa.

Sujeito = aquele menino

Núcleo do Suj.= menino

Predicado = brincava com uma pipa

Tipo de pred.= verbal

Núcleo do pred. verbal = brincava

PREDICADO NOMINAL

É formado por um verbo de ligação e um predicativo do sujeito.O pred. nominal nos informa algo a respeito do sujeito.Indica um estado ou uma qualidade do sujeito.

O núcleo do pred. nominal é o predicativo do sujeito.

Ex. A prova era difícil.

Sujeito = a prova

Núcleo de sujeito = prova

Predicado = era difícil

Tipo de Predicado = nominal ( verbo de ligação+predicativo do sujeito)

verbo de lig.=era pred. do suj.=difícil

Núcleo do pred. nominal=difícil.


PREDICADO VERBO-NOMINAL

É formado por um verbo significativo (ação) mais o predicativo do sujeito.

O pred. verbo-nominal nos dá 2 informações: ação e estado.
O núcleo do PVN é o verbo e o predicativo (nome).

OBS: como aqui o verbo é de ação,logo o pvn não possui verbo de ligação explícito, visto que ele está subentendido na oração.

Ex.A criança brincava distraída.

Suj = a criança

Núcleo do suj. = criança

Pred.= brincava distraída.

Tipo de pred.= verbo-nominal (ação+estado)

Núcleo do pred.= brincava/distraída

Variação Linguística ( Continuação)

Variação Fonológica ou Fonética:

É a chamada variação Geográfica ou Diatópica (do grego: dia + topos = "através de" + "lugar"). Que ocorre de local para local, característica de uma região ou até de um continente. Por exemplo, aipim, mandioca, mandioquinha.

Variação morfológica:

Por uma associação compreensível, há quem conjugue os verbos irregulares como se fossem regulares: reteu em vez de reteve, compora em vez de compusera, etc.

Variação sintática:

Muitos falantes deixam de estabelecerem concordância verbal ou nominal em seus textos e/ou não utilizam pronomes ou preposições devidamente.

Ex: O pessoal saíram em vez de O pessoal saiu.

Ela está meia chateada em vez de Ela está meio chateada.

Variação Lexical:

Variam desde o uso formal da língua até seu uso completamente informal.

Ex: Sempre tocou com esmero. / Sempre tocou com capricho. / Aquele cara é fera no piano.

Tipos de Linguagem:

1ºLinguagem coloquial ou norma popular:

É a linguagem que empregamos em nosso cotidiano, em situações sem formalidade, com interlocutores que consideramos “iguais” a nós no que diz respeito ao domínio da língua. Nesse tipo de linguagem, não há preocupação no tocante ao falar “certo” ou “errado”, uma vez que não nos sentimos pressionados pela necessidade de usar as regras gramaticais.

2ºLinguagem Culta ou Norma Padrão:

É a modalidade de linguagem que deve ser utilizada em situações que exigem maior formalidade. Caracteriza-se pela seleção e combinação de palavras, pela adequação a um conjunto de normas, entre elas, a concordância, a regência, a pontuação, o emprego correto das palavras quanto ao significado, etc. A gramática normativa é responsável por o uso da linguagem padrão e se divide em três partes:

I. Fonética: parte da gramática que estuda os fonemas (sons) da língua.

II. Morfologia: parte da gramática que estuda a formação das palavras, sua estrutura, sua classificação e também as mudanças de forma que as palavras sofrem nas frases.

III. Sintaxe: parte da gramática que estuda, basicamente, a combinação de palavras na frase.

3º Linguagem Literária

É aquela que é empregada por poetas e prosadores da língua dos mais diversos períodos que compõem a literatura. Muitas vezes, o padrão que os escritores empregam segue a norma culta; não raro, porém, apresenta desvios desse padrão, buscando uma maior expressividade, maior reflexão por parte do leitor. Leia agora, um poema de um intelectual e poeta brasileiro, Oswald de Andrade, que, já em 1922, enfatizou a busca por uma "língua brasileira”.

Vício na fala

Para dizerem milho dizem mio

Para melhor dizem mió

Para pior pió(...)


4º Linguagem Regional

É a linguagem típica de uma região, com expressões e construções próprias. É evidente que ela tem muito da língua geral e, se apresenta diferenças, também apresenta semelhanças.

Ex: - E aí, guri? O que você anda fazendo na rua numa hora dessas?

- Nada não, macho! É que eu não tenho casa pra morar mesmo.

5 ºLinguagem Espacial:

É própria de grupos profissionais, ideológicos ou religiosos e caracteriza-se pelo uso de termos restritos à área profissional.

EX: - O paciente está brigando com os aparelhos, doutor. O que faço?

- Sede-o e aplique-lhe um broncodilatador.

Preconceito Lingüístico

De acordo com Marcos Bagno, "preconceito lingüístico é a atitude que consiste em discriminar uma pessoa devido ao seu modo de falar". Como já dito, esse preconceito é exercido por aqueles que tiveram acesso à educação de qualidade, à “norma padrão de prestígio”, ocupam as classes sociais dominantes e, sob o pretexto de defender a língua portuguesa, acreditam que o falar daqueles sem instrução formal e com pouca escolarização é “feio”, e carimbam o diferente sob o rótulo do ”erro”. Infelizmente, “preconceito lingüístico” é somente uma denominação “bonita” para um profundo preconceito “social”: não é a maneira de falar que sofre preconceito, mas a identidade social e individual do falante.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Variação Linguística

Variação Linguística ( e seus fatores)



Variação histórica ( Diacrônica)

Acontece ao longo de um determinado período de tempo, pode ser identificada ao se comparar dois estados de uma língua. O processo de mudança é gradual: uma variante inicialmente utilizada por um grupo restrito de falantes passa a ser adotada por indivíduos socioeconomicamente mais expressivos. A forma antiga permanece ainda entre as gerações mais velhas, período em que as duas variantes convivem; porém com o tempo a nova variante torna-se normal na fala, e finalmente consagra-se pelo uso na modalidade escrita. As mudanças podem ser de grafia ou de significado.


Variação geográfica (Diatópica)

Trata das diferentes formas de pronúncia, vocabulário e estrutura sintática entre regiões. Dentro de uma comunidade mais ampla, formam-se comunidades linguísticas menores em torno de centros polarizadores da cultura, política e economia, que acabam por definir os padrões lingüísticos utilizados na região de sua influência. As diferenças lingüísticas entre as regiões são graduais, nem sempre coincidindo com as fronteiras geográficas,ou seja,pessoas que moram em outras regioes tem formas diferentes de falar e cada regiao tem seu devido sotaque.



Variação social (Diastrática)

Agrupa alguns fatores de diversidade: o nível sócio-econômico, determinado pelo meio social onde vive um indivíduo; o grau de educação; a idade e o gênero. A variação social não compromete a compreensão entre indivíduos, como poderia acontecer na variação regional; o uso de certas variantes pode indicar qual o nível sócio-econômico de uma pessoa, e há a possibilidade de alguém oriundo de um grupo menos favorecido atingir o padrão de maior prestígio.



Variação estilística (Diafásica)

Considera um mesmo indivíduo em diferentes circunstâncias de comunicação: se está em um ambiente familiar, profissional, o grau de intimidade, o tipo de assunto tratado e quem são os receptores. Sem levar em conta as graduações intermediárias, é possível identificar dois limites extremos de estilo: o informal, quando há um mínimo de reflexão do indivíduo sobre as normas lingüísticas, utilizado nas conversações imediatas do cotidiano; e o formal, em que o grau de reflexão é máximo, utilizado em conversações que não são do dia-a-dia e cujo conteúdo é mais elaborado e complexo. Não se deve confundir o estilo formal e informal com língua escrita e falada, pois os dois estilos ocorrem em ambas as formas de comunicação.

As diferentes modalidades de variação lingüística não existem isoladamente, havendo um inter-relacionamento entre elas: uma variante geográfica pode ser vista como uma variante social, considerando-se a migração entre regiões do país. Observa-se que o meio rural, por ser menos influenciado pelas mudanças da sociedade, preserva variantes antigas. O conhecimento do padrão de prestígio pode ser fator de mobilidade social para um indivíduo pertencente a uma classe menos favorecida.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Tipos de sujeito

Tipos de Sujeito:


O sujeito insere-se dentre os chamados “Termos essenciais da oração”, pois para que uma oração seja dotada de sentido, ela necessariamente precisa conter sujeito e predicado e, em algumas vezes, complemento.

Como exemplo temos:

O otimismo é uma virtude.


Neste caso, destaca-se como sujeito: O otimismo, e como predicado: é uma virtude.

Desta forma, o sujeito classifica-se como o “ser” do qual se afirma algo. É bem simples descobrirmos o sujeito dentro de uma oração, basta que façamos a pergunta ao próprio verbo. Baseando no exemplo acima, o que é uma virtude? Como resposta temos: o otimismo.

Agora é importante sabermos que o sujeito classifica-se em:


Simples:

Quando ele possui apenas um núcleo, sendo que este “núcleo” é a ideia principal dentro do sujeito:

O dia está ensolarado. Como núcleo, temos a palavra dia.


Composto:

Quando possui mais de um núcleo:

Pedro e Paulo são irmãos inseparáveis.

Oculto:

Neste caso, sabemos que ele existe, porém não está explícito na oração. A forma pela qual o reconhecemos é pela terminação verbal (desinência).

Cheguei atrasada para o evento.

A terminação -ei provém da primeira pessoa (EU) do pretérito perfeito do modo indicativo. Logo, sabemos que trata-se de um sujeito oculto referente à pessoa verbal já mencionada.

Indeterminado:

Quando ele não está expresso e não podemos reconhecê-lo nem pela terminação do verbo e nem pela identificação dos elementos aos quais o predicado se refere.

Há, portanto, duas regras específicas para reconhecermos os casos de ocorrência:

- Quando o verbo está na terceira pessoa do singular acompanhado do pronome “se” funcionando como índice de indeterminação do sujeito:

Precisa-se de funcionários competentes naquela empresa.


- Quando o verbo está na terceira pessoa do plural:
            
     Falaram mal de você na reunião.



Sujeito inexistente ou oração sem sujeito:

Ocorre quando simplesmente não existe um elemento ao qual o predicado se refere.

Especificamente neste caso, há regras mais complexas que o determina:

  • Verbos que indicam fenômenos da natureza, como: nevar, chover, trovejar, relampejar.
                            Está nevando muito na Suíça.

  • Verbo haver nos sentido de Existir:
                         Há muita corrupção na política.

                        Na casa havia locais aconchegantes para o inverno.



  • Verbo Fazer indicando:
Tempo:

Faz dois meses que não o vejo.

Fenômeno da natureza:

Fez noites frias no inverno passado.

  • Verbo Ser indicando:
Distância:

Daqui a Anápolis são sessenta quilômetros.

Tempo:

Já é noite.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Funções da Linguagem

Funções da Linguagem


Para melhor compreensão das funções de linguagem, torna-se necessário o estudo dos elementos da comunicação.

Elementos da comunicação:

Emissor - emite, codifica a mensagem.

Receptor - recebe, decodifica a mensagem.

Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor.

Código - conjunto de signos usado na transmissão e recepção da mensagem.

Referente - contexto relacionado a emissor e receptor (a situação que envolve ambos).

Canal - meio pelo qual circula a mensagem.

Ao elaborarmos uma mensagem, dependendo de nossa intenção, do sentido que quisermos dar a ela, podemos enfatizar um desses fatores, daí resultam as Funções da Linguagem:

1 – FUNÇÃO EMOTIVA ou EXPRESSIVA

Associa-se diretamente ao EMISSOR. Caracteriza-se pela transmissão de emoções, sentimentos, sensações, opiniões, pontos de vista, julgamentos, etc. relacionados ao sujeito-emissor. Há, como característica básica, embora não necessária, o predomínio da primeira pessoa verbal (EU/NÓS), bem como o emprego freqüente de interjeições e exclamações. Podem-se citar como bons exemplos as confissões, as cartas de amor apaixonadas, poemas líricos em primeira pessoa, etc.

2 – FUNÇÃO APELATIVA ou CONATIVA

É a que se liga ao RECEPTOR no processo da comunicação procurando persuadi-lo, seduzi-lo, convencê-lo, enganá-lo, etc. Há um certo predomínio de sujeito-receptor (TU/VÓS, VOCÊS, VOSSA SENHORIA...). Bons exemplos são a linguagem publicitária, a linguagem dos vendedores, as “cantadas” e, em muitos casos, a linguagem dos professores em sala de aula.

3 – FUNÇÃO REFERENCIAL, INFORMATIVA, DENOTATIVA ou COGNITIVA

Liga-se ao assunto, ao REFERENTE, ao contexto. Sua característica mais fundamental é a transmissão de informações e conhecimentos. Como exemplos essenciais têm-se a linguagem dos jornalistas, os livros didáticos, aulas, palestras, conferências, etc.

4 – FUNÇÃO METALINGÜÍSTICA

Relaciona-se ao próprio CÓDIGO de comunicação lingüística (VERBAL ou NÃO-VERBAL) que estiver sendo utilizado. Caracteriza-se pela referência da linguagem a si mesma ou pela referência de um tipo de linguagem a outro. Alguns exemplos são a crítica literária, metapoemas (poemas que se referem à própria poesia), dicionários em geral, etc.

5 – FUNÇÃO FÁTICA

Associa-se ao CANAL da comunicação, verificando se está em funcionamento, ligando-o ou desligando-o. Caracterizam-na mensagens que, única e simplesmente, façam uma espécie de “exame” do canal. Alguns exemplos são saudações e cumprimentos diários como BOM DIA! COMO VAI? TUDO BEM? Chavões telefônicos como ALÔ, ESTÁ ME OUVINDO? POSSO FALAR?, etc.

6 – FUNÇÃO POÉTICA

Liga-se à própria MENSAGEM e se caracteriza pela ênfase da mensagem em si mesma de modo a que seja, ela própria, uma espécie de obra de arte, construída por uma linguagem especialmente elaborada. O melhor exemplo são textos artísticos de modo geral.

Conotação e Denotação

A significação das palavras não é fixa, nem estática. Através da imaginação criadora do homem, as palavras podem ter seu significado ampliado, deixando de representar apenas a ideia original (básica e objetiva). Assim, frequentemente remetem-nos a novos conceitos por meio de associações, dependendo de sua colocação numa determinada frase. Observe os seguintes exemplos:

A menina está com a cara toda pintada.

Aquele cara parece suspeito.

No primeiro exemplo, a palavra cara significa "rosto", a parte que antecede a cabeça, conforme consta nos dicionários. Já no segundo exemplo, a mesma palavra cara teve seu significado ampliado e, por uma série de associações, entendemos que nesse caso significa "pessoa", "sujeito", "indivíduo".

Algumas vezes, uma mesma frase pode apresentar duas (ou mais) possibilidades de interpretação. Veja:

Marcos quebrou a cara.

Em seu sentido literal, impessoal, frio, entendemos que Marcos, por algum acidente, fraturou o rosto. Entretanto, podemos entender a mesma frase num sentido figurado, como "Marcos não se deu bem", tentou realizar alguma coisa e não conseguiu.

Pelos exemplos acima, percebe-se que uma mesma palavra pode apresentar mais de um significado, ocorrendo, basicamente, duas possibilidades:

a) No primeiro exemplo, a palavra apresenta seu sentido original, impessoal, sem considerar o contexto, tal como aparece no dicionário. Nesse caso, prevalece o sentido denotativo - ou denotação - do signo linguístico.

b) No segundo exemplo, a palavra aparece com outro significado, passível de interpretações diferentes, dependendo do contexto em que for empregada. Nesse caso, prevalece o sentido conotativo - ou conotação do signo linguístico.

Podemos concluir que:

DENOTAÇÃO (ou sentido denotativo) é o sentido real das palavras, aquele que todas as pessoas conhecem e que é igual para todos. Verifica-se quando as palavras são utilizadas sem intenções especiais ou sem sentidos secundários.

CONOTAÇÃO ( ou sentido conotativo) é um sentido figurado que damos às nossas palavras.Existe quando queremos dar um valor expressivo ao que dizemos. As palavras usadas significam uma coisa diferente daquela que as pessoas sabem.
Será um significado secundário, o da nossa imaginação.