Variação Fonológica ou Fonética:
É a chamada variação Geográfica ou Diatópica (do grego: dia + topos = "através de" + "lugar"). Que ocorre de local para local, característica de uma região ou até de um continente. Por exemplo, aipim, mandioca, mandioquinha.
Variação morfológica:
Por uma associação compreensível, há quem conjugue os verbos irregulares como se fossem regulares: reteu em vez de reteve, compora em vez de compusera, etc.
Variação sintática:
Muitos falantes deixam de estabelecerem concordância verbal ou nominal em seus textos e/ou não utilizam pronomes ou preposições devidamente.
Ex: O pessoal saíram em vez de O pessoal saiu.
Ela está meia chateada em vez de Ela está meio chateada.
Variação Lexical:
Variam desde o uso formal da língua até seu uso completamente informal.
Ex: Sempre tocou com esmero. / Sempre tocou com capricho. / Aquele cara é fera no piano.
Tipos de Linguagem:
1ºLinguagem coloquial ou norma popular:
É a linguagem que empregamos em nosso cotidiano, em situações sem formalidade, com interlocutores que consideramos “iguais” a nós no que diz respeito ao domínio da língua. Nesse tipo de linguagem, não há preocupação no tocante ao falar “certo” ou “errado”, uma vez que não nos sentimos pressionados pela necessidade de usar as regras gramaticais.
2ºLinguagem Culta ou Norma Padrão:
É a modalidade de linguagem que deve ser utilizada em situações que exigem maior formalidade. Caracteriza-se pela seleção e combinação de palavras, pela adequação a um conjunto de normas, entre elas, a concordância, a regência, a pontuação, o emprego correto das palavras quanto ao significado, etc. A gramática normativa é responsável por o uso da linguagem padrão e se divide em três partes:
I. Fonética: parte da gramática que estuda os fonemas (sons) da língua.
II. Morfologia: parte da gramática que estuda a formação das palavras, sua estrutura, sua classificação e também as mudanças de forma que as palavras sofrem nas frases.
III. Sintaxe: parte da gramática que estuda, basicamente, a combinação de palavras na frase.
3º Linguagem Literária
É aquela que é empregada por poetas e prosadores da língua dos mais diversos períodos que compõem a literatura. Muitas vezes, o padrão que os escritores empregam segue a norma culta; não raro, porém, apresenta desvios desse padrão, buscando uma maior expressividade, maior reflexão por parte do leitor. Leia agora, um poema de um intelectual e poeta brasileiro, Oswald de Andrade, que, já em 1922, enfatizou a busca por uma "língua brasileira”.
Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió(...)
4º Linguagem Regional
É a linguagem típica de uma região, com expressões e construções próprias. É evidente que ela tem muito da língua geral e, se apresenta diferenças, também apresenta semelhanças.
Ex: - E aí, guri? O que você anda fazendo na rua numa hora dessas?
- Nada não, macho! É que eu não tenho casa pra morar mesmo.
5 ºLinguagem Espacial:
É própria de grupos profissionais, ideológicos ou religiosos e caracteriza-se pelo uso de termos restritos à área profissional.
EX: - O paciente está brigando com os aparelhos, doutor. O que faço?
- Sede-o e aplique-lhe um broncodilatador.
Preconceito Lingüístico
De acordo com Marcos Bagno, "preconceito lingüístico é a atitude que consiste em discriminar uma pessoa devido ao seu modo de falar". Como já dito, esse preconceito é exercido por aqueles que tiveram acesso à educação de qualidade, à “norma padrão de prestígio”, ocupam as classes sociais dominantes e, sob o pretexto de defender a língua portuguesa, acreditam que o falar daqueles sem instrução formal e com pouca escolarização é “feio”, e carimbam o diferente sob o rótulo do ”erro”. Infelizmente, “preconceito lingüístico” é somente uma denominação “bonita” para um profundo preconceito “social”: não é a maneira de falar que sofre preconceito, mas a identidade social e individual do falante.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
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