quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

TIPOS DE PREDICADO

PREDICADO

O Predicado é um dos elementos essenciais da oração. É aquilo que se declara do sujeito, ou melhor, é o termo que contém a declaração referida, em geral, ao sujeito.

Tipos de Predicado:

PREDICADO VERBAL

O predicado verbal constitui-se de um verbo ou locução verbal que expressa a idéia de ação. Este verbo pode ser transitivo ou intransitivo.

O núcleo do predicado verbal é o verbo (que é chamado de significativo) pois traz em si a idéia de ação.

Ex. Aquele menino brincava com uma pipa.

Sujeito = aquele menino

Núcleo do Suj.= menino

Predicado = brincava com uma pipa

Tipo de pred.= verbal

Núcleo do pred. verbal = brincava

PREDICADO NOMINAL

É formado por um verbo de ligação e um predicativo do sujeito.O pred. nominal nos informa algo a respeito do sujeito.Indica um estado ou uma qualidade do sujeito.

O núcleo do pred. nominal é o predicativo do sujeito.

Ex. A prova era difícil.

Sujeito = a prova

Núcleo de sujeito = prova

Predicado = era difícil

Tipo de Predicado = nominal ( verbo de ligação+predicativo do sujeito)

verbo de lig.=era pred. do suj.=difícil

Núcleo do pred. nominal=difícil.


PREDICADO VERBO-NOMINAL

É formado por um verbo significativo (ação) mais o predicativo do sujeito.

O pred. verbo-nominal nos dá 2 informações: ação e estado.
O núcleo do PVN é o verbo e o predicativo (nome).

OBS: como aqui o verbo é de ação,logo o pvn não possui verbo de ligação explícito, visto que ele está subentendido na oração.

Ex.A criança brincava distraída.

Suj = a criança

Núcleo do suj. = criança

Pred.= brincava distraída.

Tipo de pred.= verbo-nominal (ação+estado)

Núcleo do pred.= brincava/distraída

Variação Linguística ( Continuação)

Variação Fonológica ou Fonética:

É a chamada variação Geográfica ou Diatópica (do grego: dia + topos = "através de" + "lugar"). Que ocorre de local para local, característica de uma região ou até de um continente. Por exemplo, aipim, mandioca, mandioquinha.

Variação morfológica:

Por uma associação compreensível, há quem conjugue os verbos irregulares como se fossem regulares: reteu em vez de reteve, compora em vez de compusera, etc.

Variação sintática:

Muitos falantes deixam de estabelecerem concordância verbal ou nominal em seus textos e/ou não utilizam pronomes ou preposições devidamente.

Ex: O pessoal saíram em vez de O pessoal saiu.

Ela está meia chateada em vez de Ela está meio chateada.

Variação Lexical:

Variam desde o uso formal da língua até seu uso completamente informal.

Ex: Sempre tocou com esmero. / Sempre tocou com capricho. / Aquele cara é fera no piano.

Tipos de Linguagem:

1ºLinguagem coloquial ou norma popular:

É a linguagem que empregamos em nosso cotidiano, em situações sem formalidade, com interlocutores que consideramos “iguais” a nós no que diz respeito ao domínio da língua. Nesse tipo de linguagem, não há preocupação no tocante ao falar “certo” ou “errado”, uma vez que não nos sentimos pressionados pela necessidade de usar as regras gramaticais.

2ºLinguagem Culta ou Norma Padrão:

É a modalidade de linguagem que deve ser utilizada em situações que exigem maior formalidade. Caracteriza-se pela seleção e combinação de palavras, pela adequação a um conjunto de normas, entre elas, a concordância, a regência, a pontuação, o emprego correto das palavras quanto ao significado, etc. A gramática normativa é responsável por o uso da linguagem padrão e se divide em três partes:

I. Fonética: parte da gramática que estuda os fonemas (sons) da língua.

II. Morfologia: parte da gramática que estuda a formação das palavras, sua estrutura, sua classificação e também as mudanças de forma que as palavras sofrem nas frases.

III. Sintaxe: parte da gramática que estuda, basicamente, a combinação de palavras na frase.

3º Linguagem Literária

É aquela que é empregada por poetas e prosadores da língua dos mais diversos períodos que compõem a literatura. Muitas vezes, o padrão que os escritores empregam segue a norma culta; não raro, porém, apresenta desvios desse padrão, buscando uma maior expressividade, maior reflexão por parte do leitor. Leia agora, um poema de um intelectual e poeta brasileiro, Oswald de Andrade, que, já em 1922, enfatizou a busca por uma "língua brasileira”.

Vício na fala

Para dizerem milho dizem mio

Para melhor dizem mió

Para pior pió(...)


4º Linguagem Regional

É a linguagem típica de uma região, com expressões e construções próprias. É evidente que ela tem muito da língua geral e, se apresenta diferenças, também apresenta semelhanças.

Ex: - E aí, guri? O que você anda fazendo na rua numa hora dessas?

- Nada não, macho! É que eu não tenho casa pra morar mesmo.

5 ºLinguagem Espacial:

É própria de grupos profissionais, ideológicos ou religiosos e caracteriza-se pelo uso de termos restritos à área profissional.

EX: - O paciente está brigando com os aparelhos, doutor. O que faço?

- Sede-o e aplique-lhe um broncodilatador.

Preconceito Lingüístico

De acordo com Marcos Bagno, "preconceito lingüístico é a atitude que consiste em discriminar uma pessoa devido ao seu modo de falar". Como já dito, esse preconceito é exercido por aqueles que tiveram acesso à educação de qualidade, à “norma padrão de prestígio”, ocupam as classes sociais dominantes e, sob o pretexto de defender a língua portuguesa, acreditam que o falar daqueles sem instrução formal e com pouca escolarização é “feio”, e carimbam o diferente sob o rótulo do ”erro”. Infelizmente, “preconceito lingüístico” é somente uma denominação “bonita” para um profundo preconceito “social”: não é a maneira de falar que sofre preconceito, mas a identidade social e individual do falante.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Variação Linguística

Variação Linguística ( e seus fatores)



Variação histórica ( Diacrônica)

Acontece ao longo de um determinado período de tempo, pode ser identificada ao se comparar dois estados de uma língua. O processo de mudança é gradual: uma variante inicialmente utilizada por um grupo restrito de falantes passa a ser adotada por indivíduos socioeconomicamente mais expressivos. A forma antiga permanece ainda entre as gerações mais velhas, período em que as duas variantes convivem; porém com o tempo a nova variante torna-se normal na fala, e finalmente consagra-se pelo uso na modalidade escrita. As mudanças podem ser de grafia ou de significado.


Variação geográfica (Diatópica)

Trata das diferentes formas de pronúncia, vocabulário e estrutura sintática entre regiões. Dentro de uma comunidade mais ampla, formam-se comunidades linguísticas menores em torno de centros polarizadores da cultura, política e economia, que acabam por definir os padrões lingüísticos utilizados na região de sua influência. As diferenças lingüísticas entre as regiões são graduais, nem sempre coincidindo com as fronteiras geográficas,ou seja,pessoas que moram em outras regioes tem formas diferentes de falar e cada regiao tem seu devido sotaque.



Variação social (Diastrática)

Agrupa alguns fatores de diversidade: o nível sócio-econômico, determinado pelo meio social onde vive um indivíduo; o grau de educação; a idade e o gênero. A variação social não compromete a compreensão entre indivíduos, como poderia acontecer na variação regional; o uso de certas variantes pode indicar qual o nível sócio-econômico de uma pessoa, e há a possibilidade de alguém oriundo de um grupo menos favorecido atingir o padrão de maior prestígio.



Variação estilística (Diafásica)

Considera um mesmo indivíduo em diferentes circunstâncias de comunicação: se está em um ambiente familiar, profissional, o grau de intimidade, o tipo de assunto tratado e quem são os receptores. Sem levar em conta as graduações intermediárias, é possível identificar dois limites extremos de estilo: o informal, quando há um mínimo de reflexão do indivíduo sobre as normas lingüísticas, utilizado nas conversações imediatas do cotidiano; e o formal, em que o grau de reflexão é máximo, utilizado em conversações que não são do dia-a-dia e cujo conteúdo é mais elaborado e complexo. Não se deve confundir o estilo formal e informal com língua escrita e falada, pois os dois estilos ocorrem em ambas as formas de comunicação.

As diferentes modalidades de variação lingüística não existem isoladamente, havendo um inter-relacionamento entre elas: uma variante geográfica pode ser vista como uma variante social, considerando-se a migração entre regiões do país. Observa-se que o meio rural, por ser menos influenciado pelas mudanças da sociedade, preserva variantes antigas. O conhecimento do padrão de prestígio pode ser fator de mobilidade social para um indivíduo pertencente a uma classe menos favorecida.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Tipos de sujeito

Tipos de Sujeito:


O sujeito insere-se dentre os chamados “Termos essenciais da oração”, pois para que uma oração seja dotada de sentido, ela necessariamente precisa conter sujeito e predicado e, em algumas vezes, complemento.

Como exemplo temos:

O otimismo é uma virtude.


Neste caso, destaca-se como sujeito: O otimismo, e como predicado: é uma virtude.

Desta forma, o sujeito classifica-se como o “ser” do qual se afirma algo. É bem simples descobrirmos o sujeito dentro de uma oração, basta que façamos a pergunta ao próprio verbo. Baseando no exemplo acima, o que é uma virtude? Como resposta temos: o otimismo.

Agora é importante sabermos que o sujeito classifica-se em:


Simples:

Quando ele possui apenas um núcleo, sendo que este “núcleo” é a ideia principal dentro do sujeito:

O dia está ensolarado. Como núcleo, temos a palavra dia.


Composto:

Quando possui mais de um núcleo:

Pedro e Paulo são irmãos inseparáveis.

Oculto:

Neste caso, sabemos que ele existe, porém não está explícito na oração. A forma pela qual o reconhecemos é pela terminação verbal (desinência).

Cheguei atrasada para o evento.

A terminação -ei provém da primeira pessoa (EU) do pretérito perfeito do modo indicativo. Logo, sabemos que trata-se de um sujeito oculto referente à pessoa verbal já mencionada.

Indeterminado:

Quando ele não está expresso e não podemos reconhecê-lo nem pela terminação do verbo e nem pela identificação dos elementos aos quais o predicado se refere.

Há, portanto, duas regras específicas para reconhecermos os casos de ocorrência:

- Quando o verbo está na terceira pessoa do singular acompanhado do pronome “se” funcionando como índice de indeterminação do sujeito:

Precisa-se de funcionários competentes naquela empresa.


- Quando o verbo está na terceira pessoa do plural:
            
     Falaram mal de você na reunião.



Sujeito inexistente ou oração sem sujeito:

Ocorre quando simplesmente não existe um elemento ao qual o predicado se refere.

Especificamente neste caso, há regras mais complexas que o determina:

  • Verbos que indicam fenômenos da natureza, como: nevar, chover, trovejar, relampejar.
                            Está nevando muito na Suíça.

  • Verbo haver nos sentido de Existir:
                         Há muita corrupção na política.

                        Na casa havia locais aconchegantes para o inverno.



  • Verbo Fazer indicando:
Tempo:

Faz dois meses que não o vejo.

Fenômeno da natureza:

Fez noites frias no inverno passado.

  • Verbo Ser indicando:
Distância:

Daqui a Anápolis são sessenta quilômetros.

Tempo:

Já é noite.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Funções da Linguagem

Funções da Linguagem


Para melhor compreensão das funções de linguagem, torna-se necessário o estudo dos elementos da comunicação.

Elementos da comunicação:

Emissor - emite, codifica a mensagem.

Receptor - recebe, decodifica a mensagem.

Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor.

Código - conjunto de signos usado na transmissão e recepção da mensagem.

Referente - contexto relacionado a emissor e receptor (a situação que envolve ambos).

Canal - meio pelo qual circula a mensagem.

Ao elaborarmos uma mensagem, dependendo de nossa intenção, do sentido que quisermos dar a ela, podemos enfatizar um desses fatores, daí resultam as Funções da Linguagem:

1 – FUNÇÃO EMOTIVA ou EXPRESSIVA

Associa-se diretamente ao EMISSOR. Caracteriza-se pela transmissão de emoções, sentimentos, sensações, opiniões, pontos de vista, julgamentos, etc. relacionados ao sujeito-emissor. Há, como característica básica, embora não necessária, o predomínio da primeira pessoa verbal (EU/NÓS), bem como o emprego freqüente de interjeições e exclamações. Podem-se citar como bons exemplos as confissões, as cartas de amor apaixonadas, poemas líricos em primeira pessoa, etc.

2 – FUNÇÃO APELATIVA ou CONATIVA

É a que se liga ao RECEPTOR no processo da comunicação procurando persuadi-lo, seduzi-lo, convencê-lo, enganá-lo, etc. Há um certo predomínio de sujeito-receptor (TU/VÓS, VOCÊS, VOSSA SENHORIA...). Bons exemplos são a linguagem publicitária, a linguagem dos vendedores, as “cantadas” e, em muitos casos, a linguagem dos professores em sala de aula.

3 – FUNÇÃO REFERENCIAL, INFORMATIVA, DENOTATIVA ou COGNITIVA

Liga-se ao assunto, ao REFERENTE, ao contexto. Sua característica mais fundamental é a transmissão de informações e conhecimentos. Como exemplos essenciais têm-se a linguagem dos jornalistas, os livros didáticos, aulas, palestras, conferências, etc.

4 – FUNÇÃO METALINGÜÍSTICA

Relaciona-se ao próprio CÓDIGO de comunicação lingüística (VERBAL ou NÃO-VERBAL) que estiver sendo utilizado. Caracteriza-se pela referência da linguagem a si mesma ou pela referência de um tipo de linguagem a outro. Alguns exemplos são a crítica literária, metapoemas (poemas que se referem à própria poesia), dicionários em geral, etc.

5 – FUNÇÃO FÁTICA

Associa-se ao CANAL da comunicação, verificando se está em funcionamento, ligando-o ou desligando-o. Caracterizam-na mensagens que, única e simplesmente, façam uma espécie de “exame” do canal. Alguns exemplos são saudações e cumprimentos diários como BOM DIA! COMO VAI? TUDO BEM? Chavões telefônicos como ALÔ, ESTÁ ME OUVINDO? POSSO FALAR?, etc.

6 – FUNÇÃO POÉTICA

Liga-se à própria MENSAGEM e se caracteriza pela ênfase da mensagem em si mesma de modo a que seja, ela própria, uma espécie de obra de arte, construída por uma linguagem especialmente elaborada. O melhor exemplo são textos artísticos de modo geral.

Conotação e Denotação

A significação das palavras não é fixa, nem estática. Através da imaginação criadora do homem, as palavras podem ter seu significado ampliado, deixando de representar apenas a ideia original (básica e objetiva). Assim, frequentemente remetem-nos a novos conceitos por meio de associações, dependendo de sua colocação numa determinada frase. Observe os seguintes exemplos:

A menina está com a cara toda pintada.

Aquele cara parece suspeito.

No primeiro exemplo, a palavra cara significa "rosto", a parte que antecede a cabeça, conforme consta nos dicionários. Já no segundo exemplo, a mesma palavra cara teve seu significado ampliado e, por uma série de associações, entendemos que nesse caso significa "pessoa", "sujeito", "indivíduo".

Algumas vezes, uma mesma frase pode apresentar duas (ou mais) possibilidades de interpretação. Veja:

Marcos quebrou a cara.

Em seu sentido literal, impessoal, frio, entendemos que Marcos, por algum acidente, fraturou o rosto. Entretanto, podemos entender a mesma frase num sentido figurado, como "Marcos não se deu bem", tentou realizar alguma coisa e não conseguiu.

Pelos exemplos acima, percebe-se que uma mesma palavra pode apresentar mais de um significado, ocorrendo, basicamente, duas possibilidades:

a) No primeiro exemplo, a palavra apresenta seu sentido original, impessoal, sem considerar o contexto, tal como aparece no dicionário. Nesse caso, prevalece o sentido denotativo - ou denotação - do signo linguístico.

b) No segundo exemplo, a palavra aparece com outro significado, passível de interpretações diferentes, dependendo do contexto em que for empregada. Nesse caso, prevalece o sentido conotativo - ou conotação do signo linguístico.

Podemos concluir que:

DENOTAÇÃO (ou sentido denotativo) é o sentido real das palavras, aquele que todas as pessoas conhecem e que é igual para todos. Verifica-se quando as palavras são utilizadas sem intenções especiais ou sem sentidos secundários.

CONOTAÇÃO ( ou sentido conotativo) é um sentido figurado que damos às nossas palavras.Existe quando queremos dar um valor expressivo ao que dizemos. As palavras usadas significam uma coisa diferente daquela que as pessoas sabem.
Será um significado secundário, o da nossa imaginação.